26 | 09 | 2024

Crédito rural e a sustentabilidade no agronegócio brasileiro

Sob a influência de condições climáticas imprevisíveis e custos de produção voláteis, o acesso ao crédito rural não apenas sustenta as operações agrícolas, mas também impulsiona o crescimento e a inovação dentro do setor. Por isso, neste contexto dinâmico do agronegócio brasileiro, a recuperação de crédito rural emerge como um pilar fundamental para a viabilidade econômica dos produtores e cooperativas. 

Recentemente o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que vai disponibilizar R$ 14,8 bilhões em recursos para a agricultura familiar na safra 2024/25. Tudo isso por meio de crédito subsidiado do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), sendo que o valor integra o montante de R$ 66,5 bilhões a serem liberados pelo banco público ao todo na safra.

Se comparada a temporada do ano passado, os recursos destinados a financiamentos de agricultores familiares em 2024, com juros entre 0,5% e 6% ao ano, aumentou 28%. E muito disso se deve a necessidade de manter o fluxo de crédito ativo, já que este é um dos meios essenciais para modernizar práticas agrícolas e garantir a viabilidade econômica dos produtores. 

Esses recursos são importantes não apenas para cobrir despesas imediatas, como custos de produção e aquisição de insumos cruciais, mas também para fomentar investimentos estratégicos que ampliem a competitividade e promovam o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.

Em um cenário onde a estabilidade financeira é crucial para a continuidade das atividades agrícolas, manter um ambiente propício para o crédito rural é essencial. A colaboração entre instituições financeiras, legisladores e stakeholders do agronegócio se mostra fundamental para garantir que os recursos necessários continuem disponíveis, apoiando não apenas a produtividade, mas também a sustentabilidade e o crescimento a longo prazo do setor agrícola brasileiro.

O crédito rural não se limita a uma função financeira. Ele serve como um catalisador para a modernização das práticas agrícolas, incentivando a adoção de tecnologias avançadas e práticas sustentáveis. Esses investimentos não apenas melhoram a eficiência operacional, mas também fortalecem a resiliência dos agricultores frente aos desafios ambientais e econômicos.

Artigo publicado pelo Jornal Notícias do Dia, no dia 26 de Setembro de 2024.

Por

Pedro Terra Tasca Etchepare

Menezes Niebuhr Sociedade de Advogados


Bacharel em Direito pela UNIVALI. Especialista em Direito Tributário pelo IBET. Especialista em Direito Empresarial […]

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